O ESPETACULAR JUAREZ MACHADO
Produção entre 2021-1996

Juarez parece ter se apropriado de diversos gêneros artísticos e resgatado daí, inúmeras inspirações para suas obras como na sua produção de auto retratos, caricaturas ou sacos de vômito, produções contemporâneas, baseadas no humor, um de seus ingredientes principais. Também na produção das paisagens de St.Paul de Vence, usa as locações e técnicas impressionistas para transmitir a beleza natural da região.

Assim como na escolha de uma temática alegre e até mesmo nosense, sua produção reflete sua personalidade e desejos. Transporta o espectador a festas regadas a champagne em ambientes retrôs, personagens vibrantes, com especial atenção a mulheres, suas anatomias são destacadas e por vezes provocantes. A soma destes elementos, trás a um observador atento a identificar seu trabalho dentre de inúmeros outros, reforçando a identidade do caráter pictórico do artista.

Sua produção mais marcante se dá com a produção de óleos sobre tela que acentuam esta temática, porém com uma análise um pouco mais detalhada de sua produção, especialmente nos últimos 25 anos é possível identificar inúmeras influências e atividades artísticas, gerando diversas exposições, produtos e a concretização de seu sonho de infância, um instituto que apresentará e manterá não só a sua produção de toda a vida, mas também fomenta a arte catarinense.

Quase no final dos anos 90 intensifica sua participação no mercado de arte Brasileiro, e em 1998 produz um painel histórico na entrada do Centreventos em Joinville, obra que marcou sua presença em Joinville (buscar frase do artista) e que corroborou para que o teatro leve seu nome além da exposição de seu busto em bronze.

Nos anos 2000-2001 colocou em prática um desejo antigo de esculpir, produzindo uma série de xx esculturas em bronze, fundidas na capital francesa e seus próximos anos foram extremamente prolíficos, produziu conforme levantado pela autora, 8 exposições, devidamente catalogadas e também inspirou a paleta de cores de um sucesso de bilheterias internacional “O fabuloso destino de Amelie Poulan”.

Aos 70 anos em 2011 produziu uma grande exposição aonde o próprio pintor é o personagem principal da maioria das telas, uma grande celebração do trabalho do artista e uma abertura para a aplicação de diferentes materiais, texturas e estilos e muito auto retrato nas próximas produções do artista.

Em 2014 com a abertura de seu próprio espaço para promoção e difusão da sua produção, o Instituto Internacional Juarez Machado, o pintor reforça seu amor a arte, a cidade e reforça seu legado para a eternidade. O instituto contará com um acervo de aproximadamente 3mil telas e 7 mil desenhos do artista, permitindo uma exposição permanente e por vezes inéditas dos trabalhos produzidos pelo artista durante sua vida, graças a sua dedicada compulsão em colecionar o próprio trabalho, os visitantes do instituto, que funciona no mesmo local onde era a casa da infância do artista, poderão brindar-se de sua produção por muitos e muitos anos.

Em 2015 com 75 anos apresenta a exposição “Na hora do recreio” aonde apresenta ao público uma interessante coleção de pequenas telas com figuras femininas intituladas “Mil mulheres que vi”, reforçando o retrato como linguagem, objetos artísticos, joias inusitadas, fotografias, sacos de vômito ressignificados, uma série de obras inusitadas reforçando o caráter humorísticos e sarcásticos de sua produção e Elemento este também adotado na produção de 7 rótulos de vinho que foram produzidos após estudos muito elaborados em grandes painéis ora em carvão, ora em óleo, a transposição da tela para a garrafa, foi também contemplada com um poema do artista, que também é escritor premiado, reconhecidamente por livros infantis escritos na década de 80 e que não serão abordados nesta pesquisa.

Já em 2019 brinda o público de seu instituto com uma exposição inédita e extremamente diferenciada em toda a sua atuação, telas que tem como elemento principal a paisagem, em estilo quase impressionista, visões bucólicas, com o sutil toque de luz de Juarez, que exprime movimento a tudo. Uma produção pouco vista, algumas telas apareceram anteriormente na exposição “Atelier de artista” elas foram produzidas em uma temporada entre 1989-90 em que Juarez alugou uma casa no vilarejo St.Paul de Vence, morada de muitos famosos impressionistas e  pintou dezenas de quadros não de pessoas, seu tema habitual, mas sim os encantos da natureza da região e depois de 30 anos, mostrou ao público.

Juarez Machado é um ícone Joinvilense, como sua conterrânea posso afirmar a conexão e testemunho sua crescente ligação com as artes plásticas catarinense e Brasileira.