EXPOSIÇÃO COLETIVA
Presente Sombrio,
Futuros Possíveis
Curadoria de Maria Amélia Bulhões
Sobre a
Exposição
Exposição Coletiva dos selecionados no Chamamento aos artistas catarinenses realizada em 2023 através do Projeto “Joinville+Cult”, com curadoria de Maria Amélia Bulhões.
Descubra a interseção entre arte, natureza e tecnologia nesta exposição inovadora, concebida em resposta às crises ambientais e tecnológicas de nosso tempo. Onze artistas exploram criativamente as possibilidades e perigos das tecnologias digitais, enquanto refletem sobre a relação da humanidade com o meio ambiente.
Desde a transformação da mão humana até a crítica das práticas predatórias, passando pela imersão na natureza através da arte, estas obras desafiam e inspiram, apontando para futuros desejados em meio ao presente sombrio. Não perca a chance de se envolver nesta jornada artística e descobrir novas perspectivas sobre nosso papel no mundo.
Abertura Exposição “Presente Sombrio/Futuros Possíveis” com apresentação musical de Diogo de Haro
Visitação a partir do dia 10 de junho à 11 de agosto de 2024.
Show musical de Diogo de Haro
Dia: 08/06
Horário: 20h
PRESENTE SOMBRIO/FUTUROS POSSÍVEIS
A proposta desta exposição foi gestada em 2023, quando recebi o convite para fazer uma curadoria sobre Arte e Tecnologia, considerando o envolvimento de minhas pesquisas com internet, ao que respondi acrescentando a questão da natureza. Isso porque, as crises do meio ambiente tem se tornado um importante foco de reflexão e, embora as tecnologias digitais tenham se imposto na nossa sociedade quase como única via, trazendo possibilidades e perigos nunca antes imaginados, não podemos esquecer que muitos outros caminhos podem se cruzar em prol de melhores futuros para nosso planeta.
Focada na tríade - arte, natureza, tecnologia - selecionei os artistas que integram a exposição, desafiando-os a embarcar comigo na aventura deste projeto. Em conjunto debatemos as propostas iniciais e acompanhando os desdobramentos dos trabalhos, pude ver emergir uma multiplicidade de abordagens e um aprofundamento de reflexões e propostas que não imaginava quando iniciamos nossas atividades. Hoje apresento com orgulho o resultado plural e diversificado das interações destes onze artistas que desenvolveram com criatividade e dedicação seus diferentes projetos.
Letícia Klober e Swany Cristini Castilho de Barros Arrudas expandem possibilidades do uso da mão humana como ferramenta primeira e permanente, considerando suas metamorfoses no desenvolvimento da humanidade. Sarita Birth coloca em evidência a exploração humana e do meio ambiente no setor têxtil, em afazeres repetitivos, cansativos e mal pagos, quando, no mundo atual, tudo poderia ser menos predatório. Letícia Barros Da Silva e Ana Beatriz Teodoro experimentam os recursos tecnológicos de ponta da Inteligência Artificial, para friccionar fenômenos da natureza e movimentos artísticos. Isabella Bueno Angelo usa a imagem digital, ironizando nas imagens de animais o banal cotidiano da vida contemporânea. Cristina Pretti e Adriane König realizam a crítica de ações agressivas ao meio ambiente, como o excesso das podas e o acúmulo de lixo. BIXO, Jean Carlos Smekatz e Marc Engler utilizam vídeos e de outros recursos tecnológicos para mimetizar a natureza nos aproximando de realidades naturais normalmente pouco percebidas como os fungos, a floresta e as águas. Juntos, todos os artistas apontam em suas obras possibilidades da ação poética crítica através da imersão nas complexidades do fazer artístico.
Gostaria de destacar que escrevo este texto sob o impacto da maior crise climática ocorrida no Brasil nos últimos anos: as enchentes no Rio Grande do Sul que, tomando uma licença poética a Gabriel Garcia Marquez, diria ser a "Crônica de uma tragédia anunciada", pela ação predadora dos humanos sobre nosso planeta. Nossa exposição se integra neste contexto. Compartilhe desta experiência e descubra como a arte, neste momento sombrio, pode se comprometer na construção de futuros possíveis e desejados.
Maria Amelia Bulhões
2024
Maria Amélia Bulhões, crítica de arte e Professora Titular do Departamento de Artes Visuais da UFRGS, pesquisadora A1 do CNPq, docente e orientadora no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da UFRGS. Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo, USP. (1990) e pós doutorado na Universidade de Paris I, Sorbonne e na Universidade Politécnica de Valencia. Foi Presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) e da Associação Nacional de Pesquisa em Artes Plásticas (ANPAP), Diretora do Instituto Cultural Brasil Venezuela, Primeira Coordenadora do PPG Artes Visuais da UFRGS e Editora da revista Porto Arte. Recebeu os prêmios: Açorianos de Artes Plásticas, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, Pesquisador Gaúcho da FAPERGS, e Sergio Milliet (publicação de livro) da ABCA. O foco de seu trabalho é a arte contemporânea em suas relações sistêmicas e sua pesquisa atual tem ênfase nas articulações desta produção com a internet. Seus últimos livros foram: "Desafios: arte e internet no Brasil'(2022), Catálogo de obras do MACRS (2021), "Arte Contemporânea no Brasil" (2019), "Pela arte contemporânea, desdobramentos de um projeto" (2017), "As novas regras do jogo: o sistema da arte no Brasil" (2014) e "Web arte e Poéticas do território"(2011). Manteve durante três anos uma coluna semanal sobre artes visuais no jornal online Sul 21. Realizou curadorias como: "Arte Contemporânea RS", MACRS, 2021, "Pro Posições", MARGS, 2017, "Web arte, na Bienal Internacional de Curitiba", 2013, Mostra Inaugural na Fundação Iberê Camargo, 1999.
Visitação de 10 de junho à 11 de agosto de 2024
Local: Galeria 33 Rua Bento Gonçalves, 33 Glória, Joinville/SC
Horário: Segunda à Sexta das 10 às 18h
Entrada Franca
Para visitas guiadas ou grupos solicitamos entrar em contato por nosso whatsapp
47 99277-9816, email: contato@galeria33.com